"Kondé" é o primeiro single da parceria do cantor e compositor Maurel com a produtora A Toca do Suco, de Pelotos/RS. Maurel é pelotense e cresceu num contexto musical popular urbano, nas ruas e periferias da cidade gaúcha. Sua raíz é o carnaval e por isso tem hoje como principais atividades musicais o Samba e, claro, o Carnaval. Atualmente integra o grupo de samba pelotense Renascença, que surgiu em 2015 e também é intérprete da banda-show Praiero; no bloco burlesco Candinha da Cerquinha; na banda carnavalesca Xavabanda e na Escola de Samba General Telles de Pelotas.

Kondé é fruto de um processo coletivo. O nome significa "Basta", "Chega" em Bantu. Desde o início deste ano, Maurel, junto aos produtores Chris Lemos, de Pelotas-RS, e Gustavo Mustafé, de Araraquara-SP, encontraram-se para compor, pensar o mundo e fazer arte juntos. “Paralelamente a isso, o país vive uma constante guerra; uma guerra social e estrutural; um jogo de privilégios e marginalizações, onde quem tem privilégios são homens, brancos, héteros e ricos e quem é jogado à margem são mulheres, pretas, lgbts e periféricas. Isso lembrando apenas alguns marcadores sociais da diferença, como gênero, raça, sexualidade e classe”, disse Mustafé. 

Bombardeados por notícias de violência contra essas minorias sociais marginalizadas, surge a urgência, a vontade e a necessidade de materializar um grito. “É daí que nasce então essa canção, que se propõe, principalmente, como manifesto musical anti-racista, mas também um grito contra todo tipo de opressão”, explica Maurel. 

"Uma flor pra derrubar o muro

Uma bala pra nos seguir

Uma luz pra nos guiar

Uma cor pra se prender"

(Trecho de Kondé) 

Segundo o estudo “Violência armada e racismo: o papel da arma de fogo na desigualdade racial”, dos 30 mil assassinatos por agressão armada em 2019, 78% foram contra pessoas negras (fonte: Instituto Sou da Paz, 2021). Recentemente, o país e fora dele continua a vivenciar notícias trágicas de violências por RACISMO. Dos últimos fatos, o mais disseminado na mídia foi o do congolês Moïse, espancado até a morte em um dos quiosques da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em janeiro deste ano. “Este caso nos mostrou que ainda hoje, após 133 anos de abolição da escravidão, a população negra, maioria no Brasil, ainda é tratada com condições análogas à escravidão”, lembra Maurel. 

Em fevereiro, mais um caso espanta o Brasil. Sargento da Marinha, Aurélio Alves Bezerra, matou o vizinho em um condomínio em São Gonçalo, também no Rio de Janeiro. De acordo com o sargento o confundiu com um bandido. Racismo! Durval Teófilo Filho, homem negro, deixou esposa e filha de 6 anos de idade. 

Em 2018, a vereadora do Rio de Janeiro pelo PSol, Marielle Franco, foi assassinada brutalmente com seu motorista, Anderson Gomes. Até hoje a população continua sem respostas: "Quem matou Marielle e Anderson?", "Por quê?" "A mando de quem?". “Deste e de muitos outros casos é que surgiu a urgência e a necessidade de trazer e dar vida a essa canção.; uma canção de protesto; um grito antirracista e antifascista”, bradou Maurel. 

Vale lembrar que sem a coletividade este projeto não seria materializado. Kondé foi composta por Maurel e Gustavo Mustafé e mixada e materializada pelas mãos e ouvidos do produtor de áudio Chris Lemos. O vídeo-clipe foi concebido pelo olhar atento do músico e cineasta Humberto Schumacher. A arte de lançamento foi elaborada por Bruno Cavalheiro e toda a produção artística realizada pela produtora A Toca do Suco. 

KONDÉ (Maurel/Gustavo Mustafé) - Dia 05 de maio em todas as plataformas digitais.

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*Lembrando que o PRÉ-SAVE ajuda as plataformas digitais, como Spotify e Deezer, a compreender que existem pessoas esperando este lançamento, então os algoritmos do sistema já trabalham a favor do artista independente.