Começou nesta quarta-feira (9), às 20h, o 2º
Festival Acessibilidança Virtual, promovido pela Fundação Nacional de Artes
(Funarte). Até setembro, serão apresentados ao público, gratuitamente, 25
espetáculos premiados no Edital Dança Acessível – Prêmio Festival Funarte
Acessibilidança Virtual, lançado no ano passado. O programa quer valorizar e
fortalecer a expressão da dança brasileira, além de incentivar a
democratização, a inclusão e a acessibilidade à arte da dança.
O festival online será exibido no canal do YouTube da Funarte,
onde as montagens ficarão disponíveis para acesso pelas pessoas interessadas. Cia de Dança de Sergipe se apresenta em julho. A
Região Norte inaugura as apresentações, com os espetáculos TA – Sobre Ser
Grande, do Amazonas; Acesso Concedido e Graúna – Viver de Carimbó, ambos
do Pará; Batuques da Floresta, de Rondônia; e Sobre Si, do Tocantins.
A coordenadora de Dança da Funarte, Juliana Amaral,
informou à Agência Brasil que qualquer pessoa pode assistir aos
espetáculos. “Toda semana, às quartas-feiras, às 20h, tem um espetáculo
inédito, com recursos de acessibilidade no canal do YouTube da Funarte”. A
partir do dia 22 deste mês e até setembro, serão duas apresentações por semana,
às quartas e sextas-feiras. Serão quatro meses de programação inédita no canal
do YouTube da Funarte.
Os 25 projetos contemplados no edital de 2021
receberam investimentos no total de R$ 870 mil, incluindo custos
administrativos, cabendo a cada um o valor de R$ 32,8 mil para produzirem
vídeos com espetáculos de dança com recursos de acessibilidade (audiodescrição
e Língua Brasileira de Sinais-Libras), para pessoas com deficiência auditiva e
visual, explicou Juliana. “O intuito é que a gente consiga difundir o máximo de
conteúdo de videodança possível, com recursos de acessibilidade. Ou seja,
abrangendo o público em geral e o público com deficiência”.
Programação
Os prêmios foram distribuídos para grupos de dança
das cinco regiões do país. No mês de julho, serão apresentados espetáculos da
Região Sul (Masculino Diverso, da Cia. Lápis de Seda (SC);
Uma Fronteira Diferente, da Cia. Giro Livre, e
Transversus, do Grupo Ballet de Pelotas, os dois do Rio Grande do Sul. Ainda em
julho se apresentarão montagens da Região Nordeste: My (petit) Pogo, de
João Paulo Pinho (CE); Corpos Turvos, do Coletivo Cida (RN); Poéticas
Inclusivas em Rede, da Associação de Artistas Integrados (PE); e Entrelaces, da Cia. de Dança Loucurarte
(SE).
Em agosto, poderão ser vistos também espetáculos de
companhias nordestinas, como Dançando Godot, do Grupo X (BA), CoNsequêNcia,
da Cia. Dança Eficiente (PI), e Nuvem de Pássaros, da Movidos
Dança Contemporânea (RN). A programação de agosto segue com os espetáculos da
Região Centro-Oeste: Sr. Will, da Giro 8 Cia. de Dança (GO); Movimento
Mínimo Possível, da Cia. Dançurbana, (MS); Cartas ao Tempo, do
Diversus Grupo de Dança (GO); e Brincância, da Cia. Theastai (MS).
Encerrando o 2º Festival Acessibilidança Virtual,
serão apresentadas, em setembro, as montagens contempladas da Região
Sudeste: Entre Nuvens, da bailarina Moira Braga (RJ); Janela das
RecordAções, da companhia Movicena (SP); Manifesto!!!, da videoartista
Estela Lapponi (SP);
Quando a Casa Virar Rua, da Quick Cia. de Dança
(MG); ...percebendo...,, da ‘performer’ Andreza Aguida (SP); e Primárias,
da Pulsar Cia. de Dança (RJ). Todos os espetáculos serão lançados na plataforma
digital no dia de exibição.
Diversidade
A coordenadora de Dança da Funarte afirmou que
dentro de cada região, os projetos estão diversos no sentido da abrangência.
“Em cada região, nós procuramos abranger o maior número de estados possível.
Não está concentrado tudo, por exemplo, no Amazonas ou no Rio de Janeiro. Cada
região tem a sua diversidade”. Juliana Amaral destacou que, em cada região, são
percebidas características específicas. “Você percebe a diversidade brasileira
ao longo da narrativa do festival, que é a linguagem do audiovisual. E dança,
para o audiovisual, é bem interessante”.
Na primeira edição do festival, realizada no ano
passado, foram apresentados também 25 espetáculos inéditos que tiveram entre
quatro e cinco meses para produzirem o material para exibição no evento.
Juliana observou ainda que o próprio prêmio é uma
das primeiras ações da Funarte em relação a uma política cultural voltada para
a acessibilidade e as artes. “É de grande importância para a instituição
realizar esse festival. A abrangência dele é ainda maior porque, como é virtual
e qualquer um pode assistir, o vídeo fica disponível na plataforma do YouTube.
Então, se a pessoa perdeu na estreia, ela pode ver depois”.
Todos os vídeos do 1º Festival estão disponíveis em
uma playlist no canal do YouTube. “As pessoas podem assistir as
estreias deste ano e os espetáculos do ano passado”, concluiu a coordenadora de
Dança.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Festival Acessibilidança