
A participação de mulheres em
órgãos de segurança pública aumentou nos últimos anos em todo o país. "Em
um comparativo entre os anos 2000 e 2021, é possível destacar que houve aumento
do público feminino de 5,88% nas polícias militares, 12,44% nos corpos de
bombeiros militares, 4,35% nas polícias civis e 9,79% nos órgãos oficiais de
perícia", destacou a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do
Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senasp).
Segundo a Senasp, os estados em
que mais aumentou o efetivo feminino foram Espírito Santo, Acre, Roraima, Amapá
e Rio Grande do Norte. Nos cargos de comando, entre os anos 2020 e 2021,
cresceu 9,19% a participação de mulheres nas polícias militares, corpos de
bombeiros militares e polícias civis.
A Pesquisa Perfil das
Instituições de Segurança Pública, ano-base 2004 a 2021, mostra ainda aumento
no número de delegacias de Polícia Civil especializadas no atendimento a
ocorrências envolvendo mulheres em todo o Brasil. Em 2004, eram 177 unidades;
em 2020, 464 e, em 2021, 501, divididas em 231 unidades na Região Sudeste; 107
no Nordeste; 76 no Sul; 50 no Centro-Oeste e 37 no Norte, informou o diretor de
Gestão e Integração de Informações da Senasp, Felipe Sampaio.
Redução da violência
Segundo o Ministério da Justiça,
em termos de violência contra mulheres, dados nacionais de segurança pública de
2021 e de 2022 enviados pelos gestores estaduais de estatística apontam redução
em três tipos de crime: homicídio doloso, roubo seguido de morte (latrocínio) e
lesão corporal seguida de morte.
Quando o recorte foi de homicídio
doloso, foram computados 3.452 casos com vítimas mulheres em 2021. Em 2022, o
número caiu para 3.412 situações, com redução de 1,16%. A maior parte dos
registros ocorreu na Região Nordeste (33,6%), seguida das regiões Sudeste
(31,0%), Sul (14,4%), Norte (12,1%) e Centro-Oeste (8,9%).
Já os casos do roubo seguido de
morte (latrocínio) contra mulheres, tiveram 147 registros em 2021 e 118 no ano
2022, queda de 19,73%. Os registros foram computados em todas as regiões do
país: Nordeste (30,0%), Sudeste (29,6%), Norte (15,9%), Centro-Oeste (12,4%) e
Sul (12,0%).
Os casos de lesão corporal
seguida de morte foram 50 em 2021 e 48 em 2022, com redução de 4%. A maior
parte dos registros ocorreu na Região Sudeste (33,7%), seguida pelas regiões
Nordeste (21,1%), Sul (16,8%), Norte (15,8%) e Centro-Oeste (12,6%).
Fonte: Agência Brasil
Foto: Sinpol/DF