
O Brasil e a Alemanha firmaram um documento que reafirma
parcerias estratégicas entre os dois países. Os ministros de Minas e Energia do
Brasil, Alexandre Silveira, e da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert
Habeck, destacaram que a iniciativa fortalecerá a transição energética,
reduzindo as emissões de gases de efeito estufa.
Silveira sugeriu ao colega alemão a contratação de
hidrogênio de baixo carbono produzido no Brasil, de forma a colaborar para a
instalação de plantas industriais no país, o que ajudaria no fortalecimento do
Programa Nacional do Hidrogênio que, segundo ele, é uma prioridade do governo
brasileiro.
Em nota, o Ministério de Minas e Energia informa que a ideia
“é fazer um leilão no Brasil, com garantia de contratação pelo governo alemão,
para o desenvolvimento do programa de hidrogênio de baixo carbono tanto para o
governo brasileiro, quanto para o alemão”.
Silveira explica que a parceria “vai ajudar a avançar a
ainda mais a matriz energética limpa do Brasil”, e que o desafio da pasta será
o de “conciliar esta política de governo com o desenvolvimento econômico para
geração de oportunidades para o povo brasileiro de forma a combater as
desigualdades, ainda muito latentes na nossa sociedade”.
O ministro brasileiro acrescentou que o país tem “potencial
para ser protagonista nessa pauta”, uma vez que tem escala de mercado, recursos
energéticos diversificados e abundantes, “além de um setor energético com
elevada matriz de fontes renováveis”.
“Nossas energias limpas - solar, eólica e hidráulica – vêm
se desenvolvendo de forma exponencial. Há uma tendência de termos um grande
superavit de energia no Brasil, que pode ser conciliado com os interesses da
Alemanha em relação ao hidrogênio verde”, disse Silveira, na nota.
O ministro da Alemanha elogiou o potencial brasileiro para a
produção de energias renováveis e disse que já há, em seu país, “setores
interessados em investir na produção de hidrogênio de baixo carbono”.
Fonte: Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues
Pozzebom/Agência Brasil