Lançado em 2022, o filme Espelho, da diretora sergipana Luciana Oliveira, recebeu, recentemente, as premiações de Melhor direção e Melhor roteiro de filme de classificação livre no Festival de Cinema de Pinhais (PR). O roteiro conta a história de Esperanza, personagem que vivencia uma profunda confusão interna e psicológica e, na beira do rio, segue um caminho para encontrar-se consigo mesma e com a sua espiritualidade.

O filme, que é uma produção Rolimã Filmes com apoio de recursos da Lei Aldir Blanc através da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe, está sendo distribuído pela Borboletas filmes e pombagens e desde o seu lançamento vem se destacando dentro e fora de Sergipe pela sensibilidade com a qual lida com as questões da espiritualidade e subjetividade do ser.

De acordo com a diretora, Luciana Oliveira, o filme surgiu a partir de uma experiência íntima e espiritual vivenciada por ela no período pós-parto. “Eu tive uma série de sonhos e a partir deles e da experiência de ser mulher negra no mundo, o filme foi sendo construído. O roteiro surgiu através da trajetória do sentir e de uma narrativa que se tornou coletiva com as experiências que troquei com outras mulheres negras, que também participaram da construção do filme. Foram 3 anos de preparação, de uma escrita que partiu muito das experiências íntimas e espirituais que se entrecruzaram com as mulheres e se relacionam com as questões de gênero e raça”, contou a diretora.

O filme, que recebeu as premiações no Festival de Cinema de Pinhais (PR/2023), foi selecionado para exibição em outros festivais dentro e fora do país, a exemplo do LA Black Film Festival (Los Angels/2022), Festival Internacional de Cine Silente (México/2023), Festival del Cinema di Cefalu (Itália/2023), 5ª Mostra Ousmane Sembene de Cinema Negro (BA/2023) e da 46ª Festival Guarnicê de Cinema (MA/2023).  “Enquanto equipe, ver esse filme repercutindo dentro e fora do Brasil é emocionante. Inicialmente, Espelho não tinha financiamento algum e por vários momentos achamos que ele não iria acontecer, sobretudo por conta da pandemia. Foi um trabalho valioso e de muita afetividade de toda a equipe para que ele acontecesse dentro de um espaço de tempo longo, e a espera valeu a pena, o filme está circulando e alcançando lugares incríveis no mundo”, celebrou a diretora.

Além de dirigir o filme Espelho, Luciana Oliveira é também a co-idealizadora e diretora geral da EGBE – Mostra de Cinema Negro e cineclubista no Cineclube Candeeiro, associada a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (APAN), e ao Fórum Permanente Audivisual Sergipe, dirigiu os filmes O corpo é meu (2014) premiado no Festival de Cine de la Mujer Marialionza na Venezuela em 2015; Puerpério (2021), A mulher que me tornei (2021) em co-direção com Manoela Veloso Passos. Dirigiu o clipe “A Rosa”, da cantora sergipana Jaque Barroso, e os fashions films “Preta boho” (2020) para o Brechó Gira Sol e “Acorda” (2021) para a marca de moda autoral sergipana Negra Luz.

Fonte: Assessoria de Imprensa